"A sculptor is a person who is interested in the shape of things. " Henry Moore
Numa altura de intersecções de áreas, numa panóplia de intenções, actos e palavras é aprazível ver bem esclarecida a problemática do que define um escultor. É certo que uma contemporaneidade instituiu na arte, e especificamente na escultura uma imaterialidade, um esquema assente na apresentação invés da presentação dada por o aclamado Modernismo. Tal apresentação incentiva o uso do dispositivo, do jogo mental, do simulacro da ideia, conjugando a metáfora da linguagem verbal com a linguagem artística que tende para uma simplificação do referendo (da forma). Assim tem-se observado a uma propagação da vertente da instalação como um meio de, activamente, consciencializar um público face a problemáticas contemporâneas, normalmente de índole social, ao mesmo tempo que incentiva uma linguagem artística assente em parâmetros articuladores de formas modulares, aliados a uma valência de materiais consoante a teorização detrás de tais instalações. Ora o que é apresentado é uma articulação de uma ideia dada por uma linguagem modular que visa negar-se e portanto apresentar somente a ideia. Esta negação da matéria inscreve a escultura no domínio da imagem e do conceito. É compreensível tal deambulação nessa procura de essência da escultura mas não podemos esquecer da valência da matéria enquanto entidade criadora, enquanto elemento sugestivo aos sentidos, não somente ao olhar mas também ao tacto, que por muito tempo foi temido por a Igreja, como um factor altamente sedutor. Henry Moore inscreve bem esta problemática na sua obra, todas as suas obras escultóricas sugerem ao tacto, aliando o percorrer visual ao percorrer táctil, sugerindo uma realidade erótica aos sentidos, apelando a uma descoberta táctil e visual da obra escultórica que realça um percurso perceptivo assente no percorrer dos planos e superfícies orgânicas. Daí o interesse das formas das coisas, das formas estruturantes, orientadoras dos sentidos que cativam e aprisionam a mente incentivando a imaginação. É certo que um equilíbrio é necessário entre uma teorização escultórica e uma compreensão da componente volumétrica para uma fomentação das potencialidades da escultura, caminho esse extremamente difícil, sendo muito fácil e compreensível o descair por um dos lados. Mas tal facto é essencial para um ultrapassar de certos obstáculos/ hábitos escultóricos que impelem para uma estagnação e uma perpétua repetição de soluções escultóricas. Resumindo, um escultor tem que ser aficionado por a volumetria dos planos e por sua indagação perante o uso que quer fazer dos mesmos, de modo a potencializar a relação entre forma e ideia de um modo perceptivo evidente. Aí reside o caminho que renova a emoção na escultura, contrapondo o exacerbado racionalismo que actualmente impregna todas as ramificações da arte. Do jogo intelectual à imanência da emoção.
Numa altura de intersecções de áreas, numa panóplia de intenções, actos e palavras é aprazível ver bem esclarecida a problemática do que define um escultor. É certo que uma contemporaneidade instituiu na arte, e especificamente na escultura uma imaterialidade, um esquema assente na apresentação invés da presentação dada por o aclamado Modernismo. Tal apresentação incentiva o uso do dispositivo, do jogo mental, do simulacro da ideia, conjugando a metáfora da linguagem verbal com a linguagem artística que tende para uma simplificação do referendo (da forma). Assim tem-se observado a uma propagação da vertente da instalação como um meio de, activamente, consciencializar um público face a problemáticas contemporâneas, normalmente de índole social, ao mesmo tempo que incentiva uma linguagem artística assente em parâmetros articuladores de formas modulares, aliados a uma valência de materiais consoante a teorização detrás de tais instalações. Ora o que é apresentado é uma articulação de uma ideia dada por uma linguagem modular que visa negar-se e portanto apresentar somente a ideia. Esta negação da matéria inscreve a escultura no domínio da imagem e do conceito. É compreensível tal deambulação nessa procura de essência da escultura mas não podemos esquecer da valência da matéria enquanto entidade criadora, enquanto elemento sugestivo aos sentidos, não somente ao olhar mas também ao tacto, que por muito tempo foi temido por a Igreja, como um factor altamente sedutor. Henry Moore inscreve bem esta problemática na sua obra, todas as suas obras escultóricas sugerem ao tacto, aliando o percorrer visual ao percorrer táctil, sugerindo uma realidade erótica aos sentidos, apelando a uma descoberta táctil e visual da obra escultórica que realça um percurso perceptivo assente no percorrer dos planos e superfícies orgânicas. Daí o interesse das formas das coisas, das formas estruturantes, orientadoras dos sentidos que cativam e aprisionam a mente incentivando a imaginação. É certo que um equilíbrio é necessário entre uma teorização escultórica e uma compreensão da componente volumétrica para uma fomentação das potencialidades da escultura, caminho esse extremamente difícil, sendo muito fácil e compreensível o descair por um dos lados. Mas tal facto é essencial para um ultrapassar de certos obstáculos/ hábitos escultóricos que impelem para uma estagnação e uma perpétua repetição de soluções escultóricas. Resumindo, um escultor tem que ser aficionado por a volumetria dos planos e por sua indagação perante o uso que quer fazer dos mesmos, de modo a potencializar a relação entre forma e ideia de um modo perceptivo evidente. Aí reside o caminho que renova a emoção na escultura, contrapondo o exacerbado racionalismo que actualmente impregna todas as ramificações da arte. Do jogo intelectual à imanência da emoção.